Amazon diz que Alexa funcionará em escritórios.
Empresa quer lucrar no longo prazo com pessoas que façam compras por meio da assistente virtual.
A Amazon.com anunciou na quinta-feira (30) que a Alexa, sua assistente digital controlada por voz, está agora programada para lidar com várias tarefas entediantes de escritório. As empresas podem comprar dispositivos Alexa que ajudam funcionários a se conectarem em conferências telefônicas, gerenciar suas agendas, encontrar salas de reunião vagas e – sem surpresas – encomendar material de escritório na Amazon.
A gigante do comércio eletrônico quer que a Alexa esteja em todos os lugares e precisa de mais dados de voz para alimentá-la e “treiná-la”, para que a conversa com ela seja uma experiência parecida com falar com um amigo. A companhia quer lucrar no longo prazo com pessoas que façam compras por meio da assistente virtual e a usem – em detrimento da Siri, da Apple, e do Google Assistant, da Alphabet – como sua tecnologia de comando de voz preferida.
“Reuniões sempre começam com 10 minutos de atraso devido a pequenos problemas tecnológicos”, disse o diretor de tecnologia da Amazon, Werner Vogels, em uma conferência da companhia sobre computação em nuvem realizada em Las Vegas. “Se a voz é uma maneira natural de interagir na sua casa, por que não construir algo que você possa usar no trabalho também?”, perguntou.
A resposta a esta questão é a oferta “Alexa para Empresas”, da Amazon, que permite comprar dispositivos Alexa como o Echo, para que os funcionários compartilhem a US$ 7 por mês por gadget. Isto marca o fim da política normal da Amazon de exigir que os dispositivos Alexa sejam ligados a uma conta Prime para desbloquear todas as ferramentas.
A nova oferta aumenta a concorrência da Amazon com a Microsoft Corp, que comprou o Skype em 2011 com a esperança de melhorar as comunicações no trabalho. A Microsoft também cortejou recentemente empresas com aplicativos de sua própria tecnologia de voz, com programas que convertem áudio em texto e vice-versa.
Ainda assim, a integração de um assessor de voz popular entre consumidores – seja para mesas de cabeceira, vestiários, carros ou mesmo refrigeradores – com o local de trabalho é o primeiro para a indústria tecnológica.